#083 – Como usar o consórcio para abrir um negócio próprio

Do sonho à realidade: O consórcio como trampolim para o empreendedorismo

Abrir um negócio próprio é o sonho de muitos. É a visão de liberdade, de ser dono do próprio destino, de construir algo com as próprias mãos. Mas, muitas vezes, o obstáculo financeiro se impõe, limitando o acesso a esse sonho. É nesse contexto que o consórcio surge como uma alternativa viável e estratégica para impulsionar o empreendedorismo. Diferente de um empréstimo, o consórcio opera na lógica da união de pessoas com um objetivo comum: adquirir um bem ou serviço. No caso do empreendedor, esse bem pode ser o capital necessário para dar o pontapé inicial no negócio. Imaginemos, por exemplo, a compra de maquinário, a reforma de um espaço físico ou a aquisição de um veículo para a operação.

Uma breve retrospectiva: Consórcio, uma jornada coletiva

A história do consórcio remonta a práticas ancestrais de colaboração e ajuda mútua. Em diversas culturas, encontramos exemplos de grupos que se uniam para alcançar objetivos comuns, contribuindo com recursos e compartilhando os benefícios. Essa essência de cooperação se reflete no modelo contemporâneo de consórcio, que se popularizou no Brasil a partir da década de 60, impulsionando a aquisição de bens de consumo duráveis e, mais recentemente, se consolidando como uma ferramenta para investimentos e empreendedorismo.

Planejamento estratégico: A chave para o sucesso no consórcio

Utilizar o consórcio para abrir um negócio próprio exige planejamento e disciplina. É fundamental definir o valor necessário para o investimento, pesquisar as opções de consórcio disponíveis no mercado, considerando prazos, taxas e administradoras. A contemplação, seja por sorteio ou lance, deve ser encarada como parte de um processo. Enquanto se aguarda, o empreendedor pode aproveitar o tempo para aprimorar seu plano de negócios, realizar pesquisas de mercado, buscar capacitação e construir uma rede de contatos.

Consórcio x Empréstimo: Uma análise comparativa para o empreendedor

A escolha entre consórcio e empréstimo para financiar um negócio deve ser baseada nas necessidades e no perfil de cada empreendedor. O empréstimo oferece o capital de forma imediata, porém, implica em juros e taxas que podem impactar significativamente o custo final. O consórcio, por sua vez, não possui juros, apenas taxas administrativas, e estimula a disciplina financeira. A espera pela contemplação pode ser vista como uma oportunidade para fortalecer o planejamento e amadurecer a ideia do negócio.

Além do capital: Os benefícios intangíveis do consórcio

Além do acesso ao capital, o consórcio traz outros benefícios intangíveis para o empreendedor. O processo de planejamento, a disciplina financeira e a espera pela contemplação contribuem para o desenvolvimento de habilidades essenciais para a gestão de um negócio, como paciência, organização e visão de longo prazo. O consórcio também estimula a cultura da poupança, criando um hábito que pode ser fundamental para o sucesso do empreendimento.

Autor: Marcos Pacheco